Tuesday, March 02, 2010
Mais Barragens? Dia 13 de Março, venha dizer que NÃO!
Mais Barragens? Dia 13 de Março, venha dizer que NÃO!
Os rios portugueses estão perante uma grave ameaça – a construção de 11 novas grandes barragens. 5 das quais, na bacia do Tâmega!
Tal tem sido vendido como um factor de desenvolvimento económico, social e até ambiental mas os factos evidenciam uma enorme destruição ambiental, a perda de muitas centenas de hectares de terrenos produtivos e/ou protegidos, a deterioração da qualidade da água e a perda irreversível de património cultural. Estes e muitos outros prejuízos por um acréscimo de apenas 3% de produção de electricidade. Prejuízos que têm sido anunciados como indispensáveis muito embora sejam conhecidas alternativas que permitiriam atingir os mesmos objectivos: reforço de barragens já existentes, eficiência energética, outras energias renováveis, etc…
Assim, dia 13 de Março de 2010, na ponte de Amarante sobre o rio Tâmega, vamos reunir cidadãos, associações, comunicação social e movimentos vários numa grande manifestação de oposição a esta política errada.
Apareça por volta das 12h00 e junte-se ao movimento que vai parar estas barragens! E não se esqueça de divulgar esta mensagem por todos os seus contactos.
Sabia que…?
…já existem mais de 165 grandes barragens em Portugal?
…a transformação de um rio de água corrente num lago artificial põe em risco a qualidade da água e muitas espécies de animais e plantas?
…só a barragem de Fridão vai destruir centenas de hectares de Reserva Agrícola e Reserva Ecológica Nacional, pontes antigas, praias fluviais, uma ETAR e muitas habitações?
…as barragens não criam empregos e que aliás a EDP tem várias barragens sem ninguém a trabalhar no local?
…é obrigatório fazer um estudo conjunto de todas as barragens no Tâmega e tal não foi feito?
…existem alternativas mais baratas e com menos prejuízo para o ambiente e para as populações? Como o aumento de potência das barragens já existentes, a aposta na eficiência energética, a energia solar…
http://salvarotamega.wordpress.com/
e uma outra notícia que também diz muito sobre esta questão …
Barragens concessionadas para o rio Tâmega abrem polémica
Presidente do Instituto da Água (INAG) criticado no Tâmega pela acção
no âmbito do Programa Nacional de Barragens
Barragens concessionadas para o rio Tâmega abrem polémica nacional
INAG “vende” a água e o património ambiental dos rios como factor de
produção hidroeléctrica para equilibrar as contas do Estado
O Movimento Cidadania para o Desenvolvimento no Tâmega (MCDT), pela
intervenção do seu membro fundador Emanuel Queirós em entrevista ao
jornal Repórter do Marão, lamenta a posição que o presidente do
Instituto da Água (INAG), Orlando Borges, tem tido no âmbito do
Programa Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroeléctrico
(PNBEPH) e defende mesmo que deveria demitir-se do cargo.
A construção de grandes barragens em Portugal “É uma opção política
adoptada pelo Governo e defendida pelo presidente do INAG, do meu
ponto de vista, de uma forma mercenária. O presidente do Instituto da
Água, na missão da Autoridade Nacional da Água, está obrigado a
defender a água pelo valor estratégico que ela representa enquanto
recurso da Terra e não como mercadoria hidráulica ou factor
energético exclusivo”, salientou.
“Aquilo que lhe competia era demitir-se do cargo antes que fosse
obrigado a desvirtuar seu múnus. Agora, mais razões há para o fazer.
Orlando Borges não está a cumprir a missão para a qual está
convocado, pela missão que incumbe ao INAG na qualidade da Autoridade
Nacional da Água. A verdade é que no âmbito do PNBEPH se posiciona
mais no papel de quem vende água, mercantiliza rios e patrimónios
ambientais insubstituíveis, do que daquele que deve pugnar pela
defesa dos valores multidimensionais e transgeracional que a água e
os rios detêm para os concelhos, as regiões e o país. O Presidente do
Instituto da Água e da Autoridade Nacional da Água não está a
defender a água como recurso natural escasso, mas a contribuir para
que as instituições do Estado permitam e favoreçam a utilização água
de forma mercantil e contra-natural,artificializando todo o percurso
do Tâmega em território português, aviltando a Lei e entregando a
gestão da bacia do Tâmega, que compete ao Estado, às eléctricas EDP e
Iberdrola”.
Lei que não é cumprida
Um dos argumentos que poderá ser usado pelos cidadãos que venham a
agir judicialmente contra o negócio das barragens no Tâmega é “a
falta de cumprimento da lei”.
Emanuel Queirós refere-se ao “instrumento de gestão da sub-bacia
duriense do Tâmega, o Plano da Bacia Hidrográfica do Douro", em que o
rio Tâmega “tal como existe, tal como está”, é considerado
“ecossistema a preservar e ecossistema a recuperar, e, portanto, não
é com barragens que se preservam e se recuperam os ecossistemas
existentes, pelo contrário, as barragens servem para os inundar, os
implodir, para os destruir”, acrescentou.
Movimento Cidadania para o Desenvolvimento no Tâmega
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