Thursday, November 29, 2007

Conversas da Terra – da ecologia do ser ao ser da ecologia 25 Nov 2007, UBP - RESUMO


No dia 25 de Novembro de 2007 decorreu na União Budista do Porto – um centro que se tem destacado por um exemplar e dinâmico trabalho em prol do desenvolvimento pessoal e espiritual dos seres, a oficina Conversas da Terra – da ecologia do ser ao ser da ecologia. Nela participaram cerca de uma dezena de pessoas, de diferentes faixas etárias, e esta decorreu de uma forma muito descontraída e participada. Foram abordados diversos temas, sobretudo discutidos diversos conceitos essenciais para compreender o “pensamento ecológico” no seio da nossa sociedade actual. Por contingências naturais de tempo não foi possível abordar em profundidade diversos aspectos de ordem mais concreta relacionados com o nosso estilo de vida e inter elação ecológica entre a espécie humana, todos nós, e a Mãe Natureza. Ainda assim foram discutidos com algum detalhe alguns dos principais problemas que se prendem com a crise ecológica que vivemos e da discussão surgiram algumas possibilidades e perspectivas de actuação, com iniciativas de mudança pessoal e, por inerência, colectivas.

Para já, mais imediatamente, ficou agendada (ainda sujeito a confirmação final) uma Oficina de Eco-Natal e/ou Natal Alternativo, onde irão ser construídas prendas de Natal fabricadas pelos próprios participantes e utilizando matérias reutilizados, assim como serão abordadas outras possibilidades de prendas sem o carácter consumista e trivial que possuem tantas vezes nesta época. Sobre este tema sugere-se vivamente uma visita ao original site do GAIA relativo ao tema em:

http://www.gaia.org.pt/econatal/

Em suma, Conversas da Terra – da ecologia do ser ao ser da ecologia uma oficina a repetir mais vezes, eventualmente em outros locais também. Sugestões e propostas são sem dúvida muito bem vindas; O)


Monday, November 19, 2007

Conversas da Terra - da ecologia do Ser ao ser da Ecologia



Conversas da Terra

da ecologia do Ser ao ser da Ecologia

Dia 25 de Novembro, União Budista Portuguesa – Porto, às 15h00

Local: Rua da Restauração, 463, 2.º

Inscrições: ubporto@gmail.com
Contribuição livre


Conversas da Terra oficina prática

da ecologia do Ser ao ser da Ecologia

reflexões para uma maior aproximação do ser humano, pós industrial, à Mãe Natureza e à Natureza de e em si


Esta oficina será composta, essencialmente, de uma primeira parte introdutória onde irão ser discutidos alguns dos conceitos mais relevantes e importantes para uma compreensão ecológico-social da nossa sociedade, assim como da realidade da qual todos fazemos parte. P.ex. a Ecologia, o Ecologismo, Biocentrismo Vs Antropocentrismo, Ecologia Profunda, Globalização, etc.


A segunda parte será direccionada para a reflexão, ancorada em aspectos práticos, sobre os estilos de vida modernos e a forma como se repercutem e relacionam com a Natureza e a ecologia dos habitats sociais e naturais (ou o que resta deles) onde vivemos.


Mais concretamente, serão realizadas dinâmicas diversas (os 5 elementos e os mil e um comportamentos de nós) que irão funcionar, também, como exercício prático avaliativo do carácter dos comportamentos habituais dos participantes, e a sua análise relativamente ao impacto ecológico dos mesmos. Os exercícios funcionarão portanto, em certa medida, como um diagnóstico dos estilos de vida que desenvolvemos e a forma como determinam a nossa relação com o meio ambiente e a Mãe Natureza.


E a terceira parte será de debate aberto onde serão discutidas formas de intervenção social individuais e em grupo tendentes ao desenvolvimento de uma maior consciência ecológica comum, assim como a um maior respeito e carinho por todos os seres e formas de vida.

Dessa discussão pretende-se o surgimento de propostas concretas de potencial mudança quer ao nível individual de cada participante, quer ao nível do potencial desenvolvimento de projectos colectivos ou simplesmente actividades de educação ambiental e mudança para estilos de vida mais coerentes com um respeito pela Terra e pelas outras espécies e seres.

Propostas preliminares de projectos:

The Change – A mudança


http://gota-de-orvalho.blogspot.com/2007/11/conversas-da-terra.html



Dia Sem Compras - Sábado, 24 de Novembro


Precedendo a Oficina de Conversas da Terra a 25 de Novembro, é lançado o desafio de adesão ao Dia Sem Compras a 24 de Novembro, ou, por outras palavras: Sermos capazes de passar um dia sem consumir. Depois, a 25, na nossa oficina, iremos falar disso e muito mais.


No dia 24 de Novembro, Sábado, assinala-se, a nível mundial, o Dia Sem Compras. Mas o que é afinal o Dia Sem Compras? Quais são os seus propósitos? Não necessitamos de consumir para viver?


O Consumo é um dos fenómenos mais cruciais para compreender a nossa sociedade. Um dos aspectos mais centrais no Dia Sem Compras é o de suscitar a reflexão sobre o fenómeno do consumismo, que representa o consumo na sua forma mais exacerbada, alienadora e nefasta.


Já alguma vez pensaste na história dos produtos que utilizas? Quem o produziu? Em que condições? Com que benefícios? Com que impactos?


Provavelmente não.


Um dos principais propósitos do Dia Sem Compras é, precisamente, o de promover um consumo - ao contrário do que sucede na maior parte dos casos - reflectido, consciente, ecologicamente e socialmente ético.


A maior parte das grandes companhias, nomeadamente multinacionais, movidas quase exclusivamente pela febre do lucro, que mina a maior parte dos valores da nossa sociedade, e ao contrário da imagem que nos fazem passar em coloridos e alegres anúncios publicitários, são responsáveis pela destruição em grande escala de habitats naturais, pela exploração de seres humanos principalmente nos países mais pobres do nosso planeta e, sobretudo, pelo perpetuar de um modelo de produção e consumo insustentável (pelo seu extremamente elevado impacto ecológico).


Aquilo que é produzido é-o sobretudo para produzir lucro, sem grandes preocupações se o são de forma ambientalmente correcta, socialmente ética e economicamente justa. Infelizmente, numa grande parte dos casos, são precisamente o oposto. Para além de tudo o mais, será que precisamos de consumir tanto (e de forma tão inconsciente e desnecessária) para realmente satisfazermos as nossas necessidades verdadeiramente essenciais?


No meio de tudo isto, qual é o nosso papel? Que podemos fazer? Quem ou o quê queremos ser?

Meros consumidores apáticos participantes num modelo de consumo inconsciente e exacerbado ou cidadãos e indivíduos capazes de trazer pequenas grandes mudanças ao nosso mundo e sociedade? Começando nesse pequeno grande mundo que é o do nosso dia-a-dia, nas instituições de ensino e trabalho, em casa, na família, no nosso bairro, no nosso prédio, etc.

E o Dia Sem Compras é um primeiro desafio: por um dia pararmos para pensar e olhar para o consumismo, fenómeno peculiar da nossa sociedade. Um dia para pararmos para não consumir e reflectir no quanto consumimos de forma irreflectida e desnecessária no nosso dia-a-dia ...

mais informação em:

http://www.buynothingday.co.uk/
http://adbusters.org/metas/eco/bnd/



Facilitador da Oficina de Conversas da Terra - da ecologia do Ser ao ser da Ecologia

Pedro Jorge Pereira, activista eco-social, tem vindo a estar ligado a diversos projectos e a fazer parte de diversos movimentos e associações sobretudo de cariz ambientalista ou com projectos na área. (Liga Portuguesa de Profilaxia Social onde foi voluntário durante 18 meses, Quercus, Associação Animal, Frente de Luta anti – touradas, etc.)

Participou, juntamente com outros activistas, na criação do núcleo do Porto do Grupo de Acção e Intervenção Ambiental – GAIA. No GAIA esteve na organização de vários eventos e actividades como encontros, conferências e sessões de educação ambiental (Pic-nics vegetarianos, passeios pedagógicos, conferências em escolas e faculdades, sessões sobre Globalização, Eco-Aldeias, etc.), planeamento e organização de várias campanhas (Eco-Consumidor, Paz e Não Violência, etc,) e participação em diversas plataformas nacionais (Convergir) e internacionais (EYFA – European Youth Forest Action, Abolition 2000, etc.).

Em 2004 foi voluntário do Serviço de Voluntariado Europeu (através do Programa Juventude da União Europeia) em Permalot, um inovador projecto ecológico, nas montanhas da Morávia, perto de Olomouc, República Checa. Nesse projecto teve a oportunidade de desenvolver diversas actividades relacionadas com desenvolvimento sustentável em zonas rurais, nomeadamente: eco-turismo, reconversão de terrenos para agricultura orgânica, Permacultura, etc.

Na sequência desta experiência editou e publicou, através do Programa Capital Futuro do Programa Juventude, o livro “Be the change you want to see”, com um forte carácter pedagógico, destinado à educação ambiental e sensibilização para a importância do voluntariado no mundo actual.

http://thechange2004.blogspot.com/

É formador certificado, tendo vindo a enveredar, primordialmente, pela área da educação ambiental e criação de estilos de vida ecológicos como principais áreas de vocação e interesse, juntamente com a área da alimentação vegetariana e nutrição integral.

É responsável pela publicação de diversos artigos e textos relacionados com diferentes assuntos, nomeadamente: Ecologismo, Ecologia Social, Direitos humanos (1ºde Janeiro, Indymedia, Eco-Portal, Boletim Erva Daninha, etc.) assim como pela redacção de diversos comunicados de imprensa.

Pedro, acima de tudo, busca em si, e em todos os seres que contacta, a mudança que deseja ver no mundo, uma mudança no sentido da espécie humana estar cada vez mais próxima da Mãe Natureza e, por inerência, mais perto de si mesma. Pois acredita que são, precisamente, o tecnocentrismo e a obsessão pelo lucro individualista, entre outras, algumas das principais razões para a grave crise ecológica e social que vivemos nos nossos dias. Uma crise que só poderá ser ultrapassada se o ser humano for capaz de compreender, amar e viver com a Mãe Natureza e consigo mesmo.


Friday, November 16, 2007

Cargotopia 2007


Cargotopia 2007


O projecto “Be the Change” esteve representado no festival Cargotopia que se realizou no Cais do Gaia. Representado por Pedro Jorge Pereira que teve o privilégio de num Fórum organizado pelos dinamizadores do festival (e que juntou várias organizações não-governamentais, nomeadamente projectos ligados ao Comércio Justo, à intervenção artística com populações desfavorecidas e ambiente) falar um pouco sobre o projecto e sobre o movimento ecológico em Portugal, assim como sobre questões ambientais em geral. Um festival que para o ano promete trazer ainda mais cor e movimento ao Cais de Gaia e mostrar que a convergência de esforços e iniciativas não só é possível como faz todo o sentido, sendo a arte uma “ponte de encontro” privilegiada.


Url do Festival:

http://cargotopia.forum5.com/

Tuesday, November 06, 2007

O Papalagui

O Papalagui


O Papalagui é um dos livros mais “essenciais” que já tive a oportunidade de conhecer e descobrir.

Nas reflexões do chefe Tuiavii um dos mais cativantes testemunhos desse(s) profundo(s) paradoxo(s) que constitui a nossa cultura tecnocêntrica “ocidental”, profundamente “afastada” da Natureza e da mais primordial simplicidade da Vida e do viver.

Um livro absolutamente “obrigatório” e extremamente cativante que se lê (ao contrário talvez do que se deve) num ténue sopro de tempo.

E a propósito de tempo ...


Pretendem alguns Papalaguis que nunca têm tempo. Correm desvairados de um lado para o outro como se estivessem possuídos pelo aitu* e causam terror e desgraça onde quer que cheguem, só porque perderam o seu tempo. Este estado de frenesi e demência é uma coisa terrível, uma doença que nenhum homem de medicina pode curar, doença que atinge muitos homens e que os leva à desgraça.”


O Papalagui

Autor: Tuiavii,

Editora: Antígona

Idioma: Português

Páginas: 74

Titulo Original: Der Papalagi

Tradutor: Liiza Neto Jorge


http://www.citador.pt/biblio.php?op=21&book_id=472



Observações:


Papalagui - assim os samoanos chamam aos brancos, e assim Erich Sheurmann chamou à crítica da civilização ocidental posta na boca do chefe samoano Tuiavii que registou um êxito editorial estrondoso. Seduzindo milhares de leitores, tornou-se um autêntico best-seller e livro de cabeceira de certa cena dita alternativa, sobretudo no seu país de origem. Publicado em 1920, na Alemanha, o livro encontrou os primeiros leitores num país ainda ávido de matar saudades do arquipélago de Samoa, cuja parte ocidental tinha sido uma colónia alemã antes de ficar sob a tutela da Nova Zelândia nesse mesmo ano de 1920, até adquirir a independência de 1962.

O Papalagui não pode ser visto isoladamente. Insere-se numa tradição literária secular e numa mitologia de vigor excepcional : o sonho do paraíso terrestre. Este sonho fixa-se no século XVII nos mares do Sul que começam então a ser explorados sistematicamente. Tudo ali se procura, naquelas regiões longínquas do Pacífico: um clima feliz, uma natureza generosa onde sobrevive o 'bom selvagem' de Rousseau, inocente e nu, libertado das pressões do dia-a-dia e sem necessidade de trabalhar.