Oficina sobre Consumo Crítico e Consciente
O3C´s
Dia 26 de Março de 2011, Sábado, às 10h00
(duração aproximada: 3h00)
Inscrições Limitadas
“As grandes firmas de relações públicas, de publicidade, de artes gráficas, de cinema, de televisão... têm, antes de mais, a função de controlar os espíritos. É necessário criar "necessidades artificiais" e fazer com que as pessoas se dediquem à sua busca, cada um por si, isolados uns dos outros. Os dirigentes dessas empresas têm uma abordagem muito pragmática: "É preciso orientar as pessoas para as coisas superficiais da vida, como o consumo." É preciso criar muros artificias, aprisionar as pessoas, isolá-las umas das outras.”
Noam Chomsky
É um "lugar comum" dizer-se que a nossa sociedade se globalizou. Talvez seja mais difícil, no entanto, compreendermos ou reflectirmos sobre as mais diversas formas e repercussões dessa mesma globalização na nossa realidade do dia-a-dia. Nunca como hoje os bens que consumimos vieram tanto e de locais tão distantes do nosso planeta. Mas que implicações concretas esse facto terá para cada um de nós?
Numa sociedade dita de consumo cerca de 20% da população dos países ditos “mais desenvolvidos” consome cerca de 80% dos recursos. Esse consumo, ou para se ser mais exacto, consumismo, tido como “normal” e até intrínseco no nosso modo de vida tem no entanto pesadas implicações ambientais e sociais. A nível ecológico é desastrosa a forma como a nossa espécie tem vindo a levar à exaustão os mais diversos recursos naturais do planeta, provocando uma destruição sem ímpar dos habitats selvagens da Terra. Para além disso, e paradoxalmente, uma grande parte dos bens produzidos (quase 90%) são produzidos para uma utilização efémera (uma única vez) e muitas vezes por breves segundos, sendo depois responsáveis pela produção de toneladas e toneladas de resíduos cujo tratamento implica também, ele próprio, uma elevada factura ecológica e económica. De entre esses resíduos destacam-se os plásticos, muitos vezes particularmente complexos em termos de reciclagem e recuperação, e outros materiais que quando libertados no meio ambiente natural provocam danos bastante sérios nos ecossistemas e nas espécies animais (muitas aves e mamíferos marinhos, por exemplo, morrem por asfixia devido à ingestão dos mesmos).
A nível económico e social (instâncias que desde logo se encontram intimamente associadas, se é que existe qualquer separação sequer, aos aspectos ecológicos dos fenómenos) os impactos da dita mundialização da economia (outra forma talvez de designar um fenómeno com uma agenda ideológica bem marcada como é o do neoliberalismo) estão longe de se traduzir em efeitos muito positivos para as comunidades locais.
Tendo-se os nossos hábitos de consumo (ou maus hábitos) tornado tão banais e inconscientes, a questão que urge lançar é: o que podemos nós fazer para fazer a diferença? Para mudar positivamente o nosso estilo de vida adoptando comportamentos e hábitos mais conscientes e positivos do ponto de vista ecológico e social?
A proposta da Oficina sobre Consumo Crítico e Consciente é uma viagem de reflexão sobre o nosso estilo de vida através de cores, aromas e lugares nevrálgicos para a actividade económica, cultural e social da cidade do Porto, cidade de resto bem conhecida pelo seu “Comércio”. É uma viagem “viva” sobre alguns dos efeitos da globalização económica na nossa comunidade local, assim como um exercício prático de reflexão sobre as nossas escolhas e opções enquanto cidadãos consumidores, nomeadamente em termos de pegada ecológica e atitude cívica.
As questões mais fundamentais a colocar são contudo:
Podemos viver sendo parte da solução em vez de parte nesse tremendo problema actual que consiste na quantidade de resíduos que produzimos diariamente? Podemos consumir de forma bem mais consciente? Conhecemos bem a realidade sócio-económica do comércio na nossa cidade e comunidade local? Podemos viver consumindo menos mas melhor? Podem as nossas escolhas e opções enquanto cidadãos fazer a diferença?
É a resposta a essas e muitas outras questões que certamente surgirão que iremos tentar desvendar nas ruas da cidade do Porto.
Facilitador: Pedro Jorge Pereira - Activista Eco-Social e Formador
Apoio: Casa da Horta – Associação Cultural
Participação limitada ao número de vagas existentes. Prioridade por ordem de inscrição.
Dia 26 de Março de 2011, Sábado, às 10h00
(duração aproximada: 3h00)
Inscrições Limitadas
Ponto de Encontro: Av. dos Aliados, em frente à C.M. do Porto, junto à estátua de Almeida Garret
(Percurso essencialmente de rua e, portanto, sujeito às condições climatéricas existentes. A confirmação será enviada por e mail até 24h anteriores à actividade. Trazer roupa e calçado confortável. )
Contribuição: 5,00*
* Para auto-financiamento do projecto de sensibilização e trabalho formativo
Data Limite das Inscrições:
24 de Março, 5ªfeira
Contactos, informações e Inscrições:
Pedro Jorge Pereira
93 4476236
http://thechange2004.blogspot.com/2011/03/oficina-sobre-consumo-critico-e.html
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