Tuesday, June 23, 2009
Portugal disposto a aceitar caça costeira à baleia
a prova de que o "politicamente correcto" e obsessiva fixação pelo centro é, amiúde, eticamente incorrecto e traduz-se, simplesmente, numa plena ausência de firmeza e determinação de princípios
de resto, pior ainda, é sempre mais fácil tomar a posição do "mais forte", mesmo que este seja o mais bruto e eticamente criminoso
a diplomacia portuguesa é exemplar a esse nível (o caso do tratamento dado por Portugal à situação Tibetana é disso paradigmático)
a caça à baleia é um crime ético e ecológico
e essa é uma verdade inegociável e óbvia para quem conhece um pouco da biologia das baleias ...
Pela abolição da caça à baleia!
pedro jorge pereira
p.s. a propósito deste ministro do ambiente diga-se "descrição" parece ser mesmo o seu ponto forte (para não dizer o único ponto) ... entre palmadinhas nas costas à edp para construir mais uns muros de betão a aniquilar os poucos rios que ainda restam "naturais" em portugal e um piscadela de olho aos pins em áreas protegidas o senhor consegue mesmo agir como se nem sequer existisse ... está de parabéns, não é tão fácil assim ser ministro fantasma de um governo que por si só já nos prega sustos que cheguem ...
Portugal disposto a aceitar caça costeira à baleia
22.06.2009
Ricardo Garcia
Portugal admite o regresso de alguma caça à baleia a nível internacional, em troca de mais medidas de conservação para os grandes cetáceos. Aproximar as posições pró e contra a caça à baleia é a postura que o país está a manter na reunião anual da Comissão Baleeira Internacional (CBI), que começou hoje no Funchal, Madeira.
O ministro do Ambiente, Francisco Nunes Correia, apelou à flexibilidade, como forma de resolver o conflito interno em que a CBI está mergulhada há anos. “Uma solução só pode ser encontrada se ambos os lados estiverem disponíveis para fazerem concessões e para aceitarem que o resultado final não será perfeito para nenhum dos lados”, disse Nunes Correia, num discurso na abertura da conferência.
Portugal, por sua parte, estaria disponível para aceitar a reintrodução da caça à baleia a partir de cidades costeiras – como o Japão tem reivindicado nos últimos anos. Mas, em troca, exigiria um reforço de algumas medidas de conservação e a redução da caça feita ao abrigo de programas científicos, com os quais o Japão mata centenas de baleias todos os anos, sobretudo na Antárctida.
Segundo o secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, só fará sentido um pacote que resulte em mais protecção para as baleias. “Estamos disponíveis para trabalhar nisso”, disse ao PÚBLICO.
No seu discurso de hoje, o ministro do Ambiente também disse que Portugal está disponível “para ouvir, para promover o entendimento e a confiança, para chegar a um compromisso”.
A caça comercial à baleia – que colocou algumas espécies de cetáceos à beira da extinção – está suspensa por uma moratória desde 1986. Dividida entre países que defendem e que contestam a proibição, a CBI está a tentar evitar o seu próprio colapso.
A reunião da Madeira, porém, não vai ser conclusiva. A discussão sobre o seu futuro vai continuar por pelo menos mais um ano.
Nunes Correia defendeu, hoje, que o debate seja feito também a nível ministerial. Até agora, os países estão representados nas reuniões da CBI por comissários.
Organizações não-governamentais protestaram hoje contra a caça à baleia. A Greenpeace defende que os esforços sejam dirigidos a uma estratégia para recuperar as populações de baleias a níveis anteriores à indústria baleeira. A Sea Shepherd Conservation Society protestou, à porta da conferência, contra os programas de caça científica do Japão.
Já a World Society for the Protection of Animals contesta um pedido da Dinamarca para maiores quotas de caça aborígene na Gronelândia. Segundo os ambientalistas, a carne dessa caça acaba por ser vendida em supermercados.
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